Casa de Camilo

Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco
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Seide Saúda-vos!

15 de fevereiro de 2010

Os Pseudónimos de Camilo Castelo Branco

Entre 1851 e 1890, e durante quase 40 anos, escreveu mais de duzentas e sessenta obras, com a média superior a 6 por ano, redigidas à pena, logo sem qualquer ajuda mecânica. Prolífico e fecundo escritor deixa obras de referencia na literatura lusitana.


Apesar de toda essa fecundidade, Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, não permitiu que a intensa produção prejudicasse a sua beleza idiomática ou mesmo a dimensão do seu vernáculo, transformando-o numa das maiores expressões artísticas e a sua figura num mestre da língua portuguesa. De entre os vários romances, deixou um legado enorme de textos inéditos, comédias, folhetins, poesias, ensaios, prefácios, traduções e cartas – tudo com assinatura própria ou os menos conhecidos pseudónimos tais como:
Manoel Coco

Saragoçano

A.E.I.O.U.Y

Árqui-Zero

Anastácio das Lombrigas[1]
 
 
 

Pseudónimos de Camilo
Na sua longa carreira de profissional das letras, Camilo assinou os seus trabalhos com vários nomes:
1849:
O Cronista

Fouché

Ninguém

Saragoçano

1849/51:
Anastácio das Lombrigas

1850/51:
Carolina da Veiga Castelo Branco

1851:
Anacleto dos Coentros

1852:
AEIOUY

C.da Veiga

A Voz da Verdade

1853:
Visconde de Qualquer Coisa

1854:
O Antigo Juiz das Almas de Campanhã

1855:
José Mendes Enxúdio

D. Rosária dos Cogumelos

1856/58:
João Júnior

1858:
Manuel Coco

1858/59:
Modesto

1861:
Felizardo

1887:
Egresso Bernardo de Brito Júnior

Sem data:

Arqui-Zero

 

2 de fevereiro de 2010

A Acácia do Jorge

Jorge, o "filho louco" de Camilo Castelo Branco, plantou em 1871, tinha então 8 anos, uma árvore junto à escadaria de pedra no terreiro da casa de S. Miguel de Seide. A esta árvore se refere Camilo várias vezes, como em Durante a febre:

À porta do sepulcro, ainda volto a face
Para ver-te chorar, ó mãe do filho amado,
Que vê, como num sonho, a cena do trespasse…
- Sorve-lhe o eterno abismo o pai idolatrado.

Talvez que ele, a sonhar, te diga: “Mãe não chore
Que o pai há-de voltar…” Quem sabe se virei?
Quando a Acácia do Jorge ainda outra vez inflore,
Chamai-me, que eu de abril nas auras voltarei

Camilo Castelo Branco





Todas as fotos são da autora deste blogue.

A árvore não é uma acácia, mas uma robínia. Um deslize em taxionomia que não ofusca o apego de Camilo ao convívio com a natureza, alimentado pelas léguas palmilhadas desde a infância em pedregosas ladeiras de serra. Camilo chegou a ser um peregrino convicto de arvoredos, córregos e morros de terra agreste, aldeias, costumes e lendas populares, que depois transfigurou em palco de prosa admirável.

"Estas árvores são minhas amigas há vinte e sete anos. (...) Seria engodo ao riso andar-me eu aqui abraçando árvores, se alguém me visse. Que o não saibam os tolos, nem os felizes. (...) Quando eu lá ia [às matas do Bom Jesus do Monte], voltava sempre melhor. Nunca me aconteceu outro tanto ao dobrar a última página de livro de moral."

"No Bom Jesus do Monte" - Camilo Castelo Branco

http://dias-com-arvores.blogspot.com/2005/08/accia-do-jorge.html
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Casa de Camilo - Noites de Insónia

«As “Noites de Insónia” têm como finalidade a descoberta de formas diferentes de aproximação aos textos camilianos, através da discussão em grupo de determinadas obras, escolhidas previamente. Do gosto pela leitura e da conversa sobre o que se lê, da troca de opiniões, de pontos de vista, de associações, procuraremos criar cumplicidades e desenvolver o gosto por uma leitura mais activa e partilhada da obra do romancista de Seide.» http://camilocastelobranco.org/index2.php?co=569&tp=6&cop=260&LG=0&mop=604&it=evento_lst Coordenadores: 2009 - Professor Cândido Oliveira Martins - Universidade Católica de Braga 2010 - Professor Sérgio Guimarães de Sousa - Universidade do Minho 2011 - Prof. João Paulo Braga

Encontros 2012 - Professor Sérgio

15 Fevereiro - "Memórias do Cárcere" - Discurso Preliminar
7 Março - "Memórias do Cárcere" - Do I capítulo ao V

Encontros 2011 - Professor Paulo

2011 "A Viúva do Enforcado" - 16 de Novembro - 21:30 "A Filha do Arcediago" - 19 de Outubro - 21:30 "As Aventuras de Basílio Enxertado" - 21 de Setembro - 21:30 "Maria Moisés" - 9 de Julho - 21:30 "O Cego de Landim" - 15 de Junho - 21:30 "O Retrato de Ricardina" - 4 de Maio - 21:30 "A Corja" - 6 de Abril - 21:30 "Eusébio Macário" - 9 de Março - 21:30 "A Sereia" - 9 de Fevereiro - 21:30

Encontros 2010 - Professor Sérgio

"Memórias de um suicida" - 30 de Novembro - 20h "O que fazem Mulheres" - 6 de Outubro - 21:30h "O Amor de Perdição" - 16 Junho - 20h "O Senhor do Paço de Ninães" - 21 Abril - 21h30 "Anátema" - 24 Março - 21h30 "A Bruxa de Monte Córdova" - 24 Fevereiro - 21h30 "A Queda dum Anjo" - 20 Janeiro - 21h30

Encontros 2009 - Professor Cândido

"Estrelas Propícias" - 11 Novembro - 20h "A Brasileira de Prazins" - 21 Outubro - 21h00 "Novelas do Minho" - 16 Setembro - 21h30 "Coração, Cabeça e Estômago" - 17 Junho - 21h30 "Vinte horas de Liteira" - 22 Maio - 21h30 "Memórias do Cárcere" - 30 Abril - 21h30